domingo, 30 de setembro de 2007
Felicidade
O hotel em Xanxerê é bom, com quarto amplo, cobertor quentinho, banheiro confortável com muita água quente, e - principalmente - WI-FI no quarto. O dia estava lindo, o concerto foi bom, o público bateu palmas com vontade, a sopinha depois estava bem decente. E eu consegui fazer meu computador falar novamente! Ah, a vida é bela....
sábado, 29 de setembro de 2007
Líquido e certo
Nouvelle Architecture
Nós zoamos, na viagem, toda vez que vemos alguma construção exdrúxula, e comentamos: ah, deve ter sido aluno da Mamãe (ou da D. Nora, dependendo de quem comenta!). Pensamos até em fazer uma pastinha especial para ela, contendo todas as bolas-fora, incluindo alguns belos exemplos de estatuária... As varandas-para-amantes teriam lugar de destaque nesta pasta.
O Helder se diverte.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Ordem e progresso
Pronto, o blog entra nos eixos novamente. Voltamos a Blumenau. Bem, na verdade, literalmente voltamos a Blumenau, já que o concerto foi em Indaial. E depois da missão cumprida, o que fazem os herois da pátria? Jantar, é claro. Desta vez fomos num restaurante alemão muito bonito, chamado Frohsinn, se não me falha a memória. Lá, num ambiente para lá de simpático, comemos feito deuses. Eu até ia fotografar os pratos, mas nem deu tempo. A fome era tanta, que logo que chegaram à mesa sofreram um ataque veloz e violento. Só sobraram migalhas. Nem vou descrever meu marreco recheado com repolho roxo, spaetzle e maçã caramelada. Mas podem deixar, amanhã nos prometemos voltar lá para almoçar. Por enquanto, vocês terão que se contentar com a vista da janela do restaurante, acima.
Post na ordem errada: Itajaí
Problema mais sério ainda:
Hoje foi o último dia de nosso motorista Roberto. Ele deveria ser substituído pelo Nivaldo, desta vez com uma van. O problema é que já passa de 18hs e nada da van chegar. Che paura!
Ah, suspiro aliviado: Nivaldo acaba de chegar!!!!!!Ufa!!!!!!!
Alarme falso: não é o Nivaldo, mas sim um amigo do SESC, o Jamil. Pior ainda: por um postulado da lei de Murphy, o Roberto levou o ônibus... com os pés da espineta e nossas estantes dentro do porta-malas. Pânico!
Acaba de ligar a moça da transportadora. Menos mal, Roberto se apercebeu do problema e está mandando os pés com o Nivaldo. Mas o dito Nivaldo ainda está na estrada, e só vai chegar daqui a uns 50ms... Agora são 18:20, o concerto é às 20hs. Acho que hoje não vai dar para o Mário ver novela, mesmo.
Update: o Nivaldo não apareceu a tempo. Pegamos dois Taxis para ir (no maior aperto) até Indaial, onde era o concerto. Chegamos lá em cima da hora, mas ainda deu para afinar bem a espineta. O diabo é que os pés da espineta, assim como nossas estantes de música, estavam na van do Nivaldo! Por sorte lá em Indaial eles tinham estantes desmontáveis, e não precisamos improvisar. Já a Sula, coitada, teve que apoiar a espineta num cubo de madeira que por acaso estava no palco, e tocamos assim mesmo (veja foto abaixo).
Mas o concerto foi ótimo, o público era bem preparado, e depois do concerto ainda ficou um longo tempo fazendo muitas perguntas. Tanto a Sula como o Mário deram verdadeiras aulas sobre seus instrumentos... (vejam a foto acima)
Na saída, ainda bem, lá estava o Nivaldo a postos, com sua van preparada (sem os bancos de trás) para receber os instrumentos. Viva!
Problema sério:
O pecado mora ao lado
Confesso. Usando a desculpa do barulho implacável, busquei refúgio na confeitaria aqui do lado, que pertence ao Hotel. Strudel com cafezinho cura qualquer zumbido, foi o que me assegurou um feiticeiro, há décadas atrás. Boa ocasião de constatar se ele estava certo...
O Strudel foi caro, mas valeu a pena. Massa fininha, recheada apenas com maçãs, nozes, passas pretas e uma gotinha de limão, mais nada. O diferencial: fatias de maçã cortadas, fininhas, mas com casca, para manterem a forma. Delícia! Quase (mas quase mesmo!) igual ao da Mamãe!
Meu quartel general
Blumenau
Parabéns, bichinha
Hoje é o aniversário de 18 anos da minha filhota Manoela. Dezoito anos! Céus!
Quando eu estava no banho, ainda no Hotel de Itajaí, tocaram meus dois celulares. Fui ver o que era: um alarme, para me avisar da data! O detalhe importante é que não fui eu que programei os alarmes. Certamente foi a própria Manoelita, da última vez em que estivemos juntas, em julho (ela mora com o pai, em Goiânia). Bem a cara da minha Manoela, que herda as habilidades tecnológicas da Tia Cora, e sabe mexer, com todo gosto, em qualquer aparelho eletrônico, utilizando todas as suas potencialidades. Também é a cara dela 1) saber que tem uma mãe distraída 2) não querer que a mãe fique chateada depois, caso lembre do que esqueceu.
Mas Manoelita, não se preocupe, não há a menor chance de eu me esquecer do seu aniversário! Você e a Júlia são o que de melhor existe na minha vida, e penso nisso sempre, todos os dias.
Espero que você esteja aproveitando bem a câmara digital que ganhou, e que ganhe ainda muitos outros presentes bacanas e especiais. Tomara que seja festejada por todos os colegas e amigos, que aqueles que estão distantes te liguem ou ponham recados no Orkut. Que tenha um ótimo jantar, que consiga se lembrar deste dia com saudade, no futuro.
Torço para que, na tua vida inteira, você receba sempre o primeiro pedaço de torta.
Te amo, fofinha. Saudades!
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Oops!
A trupe - foto do Sérgio Luís Pedrotti, do SESC
Os membros do Re-Toques revelam suas perversões...
Estamos descobrindo uma coisa surpreendente: o Mário é viciado em novela! Quem diria! O problema é que, como temos que tocar um concerto a cada noite, ele está perdendo os capítulos finais da novela da Globo, e fica perturbadíssimo. Hoje fomos jantar num simpático restaurante de frutos do mar, na beira do rio. Mas o interesse do Mário passava longe da gastronomia. O que ele queria saber, mesmo, é se o restaurante tinha televisão. Graça a Santa Cecília, no entanto, não só o restaurante tinha televisão, como ela estava ligada - que coisa! - na novela. Para sorte do Mário, e também do Roberto, que confessou ser igualmente noveleiro. Ficaram os dois comentando a trama, enquanto Sula, Helder e eu boiávamos solenemente... e traçavamos o jantar, no maior entusiasmo.
Ao chegar no Hotel, mais um talento do Mário se revelou. O cantinho de uma unha do meu dedo do pé se quebrou, se enfiou na pele e estava me machucando bastante. O problema é que, apesar de ter um alicate apropriado, eu não enxergo o suficiente para cortar algo tão pequeno. Pois ele me "operou"com grande habilidade! E eu adorei ter finalmente um homem a meus pés (só por alguns minutos, mas mesmo assim...)
Itajaí
Acordamos cedo, mas paramos na estrada para fazer umas comprinhas. Helder adquiriu uma bela jaqueta de couro, que o deixa elegantíssimo, com uma cara de motoqueiro chique, um verdadeiro luxo! Sula comprou uns roupões fofos para os netos, Mário se encantou com um lençol de 350 fios e eu me deixei enfeitiçar por uns cobertores super-macios e coloridos, de um material bem leve. Talvez porque esteja frio e chovendo, a gente acaba se sentindo atraída por tudo o que esquenta...
Nosso Hotel (apropriadamente chamado de Grande Hotel) é um daqueles prédios feitos em uma época em que terrenos eram abundantes e baratos. Assim, nossos quartos são ridículos de tão grandes. O meu tem uma sala e dois quartos, cada qual contendo 2 camas... uma de casal e uma de solteiro! Nem sei o que fazer com tanto espaço! Os móveis são daqueles de madeira escura, antigos, com jeito de móveis de casa, e não de hotel. É engraçado, e dá um pouco a sensação de estar dentro de um filme.
Mas o mais bonito deste Hotel é um arranjo de flores que tem na entrada e que inclui uma flor amarela que parece de plástico – mas não é. Nunca vi, e achei linda. Alguém conhece?
Um hábito legal
Para o Lucas, que perguntou
S600....
A da Sula é uma Panasonic Lumix, não me lembro de cor o modelo, mas é o mesmo que dei para a Manoela
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Concerto em Brusque
O concerto de hoje foi no salão de eventos de um Shopping. A intenção era atrair tanto os fregueses quanto os clientes das lojas, depois do fechamento do Shopping. Além disso, tivemos como público uma turma escolar de adolescentes. Bem, qualquer músico sabe, adolescentes são o público mais difícil do mundo, ainda mais quando a escola os obriga a ir a ... um concerto de música clássica, argh! Estávamos portanto diante de nosso maior desafio até agora: manter o interesse de uma turma de aborrecentes blasés. Acho que nos saímos muito bem. Helder provou que nasceu para ser “headmaster”, Sula desencantou e se dirigiu ao público pela primeira vez, e Mário enfrentou com a calma zen que lhe é peculiar a turba furiosa. E eles gostaram, e aplaudiram para valer! Verdade que falavam o tempo todo, parando apenas nos momentos em que nós tínhamos pausas, numa sincronia perfeita! Mas ainda assim era evidente que o programa agradou, e saíram todos bem animados.
Esquisitices da viagem: 2
As esquisitices da viagem: 1
+ versus +
entramos na era tecnológica
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Um jantar meio chinfrim...
Concerto em Jaraguá
O"causo"engraçado do dia ocorreu no bis: tínhamos planejado tocar"piston de gafieira" do Billy Blanco, em que Helder e eu fazemos um ping-pong do tema e Sula toca a harmonia. E o Mário? Bem, nosso homem de cem instrumentos tinha se preparado para tocar uma singela caixa de fósforos (na verdade uma versão mais transadinha de uma caixa de fósforos: um ovo de plástico com areia (arroz?) dentro, que funciona como uma bela percussão). Mas na hora agá, quem disse que ele tinha se lembrado de levar o tal ovo para o palco? Solução: fazendo a mímica perfeita de sacudir sua percussão, e com os lábios cerrados para não dar na vista, nosso Bobby McFerrin tropical CANTOU o som da caixa de fósforos. E quer saber? Saiu igualzinho! Só que nós (Sula, Helder e eu) tivemos que fazer o maior esforço para não cair na maior gargalhada em pleno palco!
O repertório
A escolha de peças foi difícil e demorada. Optamos por incluir alguns nomes já inseridos na história da música - Guerra-Peixe, Bruno Kiefer, Osvaldo Lacerda, Ronaldo Miranda - e outros ainda jovens - Sergio Roberto de Oliveira, Patrícia Michelini, Andre Vidal, Marcus Ferrer. Algumas peças são mais longas, outras bem curtinhas. Começamos com um canto tradicional do Nordeste, arranjado com espírito por André Vidal, jovem cantor que tem alcançado sucesso na carreira, como tenor. Ao Sergio e ao Marcus, encomendamos suas respectivas peças. Marcus escreveu uma miniatura sobre um poema de Manoel de Barros. Curta, leve, engraçada, ganha muito com a narração teatral do Mário e do Helder. Já o Sergio enveredou por um caminho surpreendente. A peça dele, Dores, é a mais complexa do programa. Trata dos diversos tipos de dor, e cada instrumento "sofre"a seu modo: o cravo representa a dor de não se encaixar no mundo, e assim a parte da Sula é quse impossível de juntar com a nossa. Mário solta suspiros e gemidos resignados na gamba. A flauta transversal mostra a dor de quem sofre há muito tempo, num cansaço meio desesperado. A dor de cada um se desenvolve em um universo individual, por assim dizer, que só colide com a dor dos outros no final. O efeito é plangente e devastador. Ficamos com medo de a peça ser difícil demais para a maior parte do público. Erro nosso. Curioso é que, até agora, por onde passamos, o público entende claramente a proposta e aplaude entusiasmado! Bem que o Mário (Kossatz, marido da Sula) tinha nos avisado, no ensaio geral: "o pessoal vai gostar muito. A composição é forte e bela!". A peça de Patrícia Michelini, com texto de Baudelaire (L'Eternité) também tem um clima sorumbático, mas é curta e mais melódica.
Pessoal, tenho que me vestir para o próximo concerto. Depois falo mais sobre as peças....
Amanhã, dia 26: Brusque, Santa Catarina
Dia 28: Blumenau (ou, em inglês, como diz a Sula: Homem azul, agora!)
Nois se diverte, mais nois rala!!!!!!