sábado, 1 de dezembro de 2007
A saga continua... não percam os próximos capítulos!
De manhã, tínhamos uma gravação programada. O SESC grava todos os grupos que participam do SONORA Brasil para depois fazer um CD. Tínhamos planejado fazer uma grande parte do repertório, mas principalmente as peças que foram escritas especialmente para nós. O problema é que esta não é uma gravação convencional, com cortes e colagens. A gente tem que acertar a peça inteira, sem qualquer pausa, para ela valer. Começamos com Caicó, de André Vidal, e aí resolvemos esquentar com a Suíte Infantil do Guerra-Peixe, antes de atacar Dores, que é a peça mais densa do programa. A suíte do Guerra tem 3 movimentos, sendo o do meio uma versão só com espineta. Estávamos portanto Helder, Mario e eu na cabine de som nos deliciando com o solo da Sula quando...
TRONC! TREK! PAM.... parecia que o lustre havia se suicidado... mas ao irrompermos na sala de gravação pudemos constatar que o lustre estava bem preso no teto. Algo havia caído, ou quebrado, fazendo o barulhão que interrompera a Sula no meio da frase. Fomos verificar... e infelizmente era a viola da gamba do Mário que havia “explodido”! O conserto do luthier de Manaus não havia resistido! E agora?
Terminamos a gravação com as peças que só têm flautas, e saímos preocupadíssimos: afinal, amanhã temos concerto novamente!
Corremos para o Hotel para tentarmos localizar 1) algum gambista que pudesse emprestar uma gamba até o Mário consertar a dele 2) algum luthier que pudesse consertar o estandarte quebrado ou fazer um novo.
Por sorte nosso motorista/guia, o Hilário é uma pessoa formidável, e cheia de contatos, e dono de uma boa vontade inesgotável. Depois de uns 40 minutos de ligações para Deus e o mundo, Hilário descobriu um luthier, o Metal. Falamos com o moço, mas ele disse que era especializado em guitarras elétricas, mas que havia um senhor muito competente que havia sido professor dele, o Sr. João Batista...
Mário, em outro telefone, também tentava conseguir um nome: bem, há o sr Joao Batista, mas ele não tem celular...
Resumo da história: Hilário conseguiu descobrir que, aos sábados, o sr. João Batista trabalha como voluntário numa orquestra comunitária de 100 crianças, que ensaia no quartel da PM. Lá fomos nós, para o Batalhão de Campina do Taborda (aí, Tom! ;)catar o bom sujeito. Ele estava almoçando, quando invadimos o refeitório, estandarte na mão. Antes mesmo de olhar para nós, o Sr.João Batista pegou o estandarte quebrado, com um olhar enternecido, como o de um excelente pediatra que pega no colo um bebê doente. Pronto, já sabíamos que a pátria estava salva!
Não deu outra. Ele examinou o estandarte por todos os lados e concluiu: “não tem jeito. Vou ter que fazer um novo”. E prometeu que estará pronto... amanhã às 16hs, antes do concerto! Uff! Tomara que dê tudo certo, desta vez!
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4 comentários:
Nossa, essa gamba está dando vários sustos Mas o que é uma turnê sem essa emoção, né? Hehehe!
Espero que o Sr. João Batista acerte a mão! Boa sorte!
Beijo grande
Rudi
Ele tem cara de quem vai faer um estandarte perfeito, não tem?
ai minha Nossa Senhora protetora das gambas quebradas... ainda bem que tem o Sr. João Batista para salvar os concêrtos e consertar a gamba, ou melhor ainda: fazer uma nova... genial!
Olá!
Estou organizando uma discografia de Guera-Peixe. Entre Lps e Cds já
cataloguei 88 ítens.
Não encontrei nenhuma gravação da
Suíte Infantil do Guerra-Peixe.
Peço que me contatem.
faustonr@expresso.com.br
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