terça-feira, 20 de novembro de 2007

Um belo concerto.. e um baita susto!



O concerto de Manaus foi na Universidade Estadual do Amazonas. Quando estávamos indo para lá, eu fiquei preocupada: parecia tão fora de mão! Quem iria lá nos assistir?
Os alunos de música, é claro. E músicos profissionais, também. Pela primeira vez tocamos para um público INTEIRAMENTE composto de colegas. Um público semelhante ao de São Leopoldo, da EST, mas um pouco mais velho e experiente. Alunos de música da universidade, muitos com seus instrumentos no colo, e vários músicos da Filarmônica daqui, incluindo duas cariocas, uma harpista e uma clarinetista! Foi uma delícia de concerto. Sabe quando você conta uma piada longa, e todo o mundo ri nos momentos certos? Pois foi assim.
Eles se comoveram com Dores, riram com Mundo Pequeno VI, prenderam a respiração em L`Eternité, acompanharam encantados as mudanças de caráter de Querência, cantaram baixinho o Peixe Vivo. No final, além das palmas de pé, gritavam, em conjunto ritmado: “mais um, mais dois, mais três”...Muito legal, mesmo! Muitos vieram experimentar a viola e a espineta, e uma menina até fez dueto com a Sula, tocando Asa Branca, numa versão inédita. Já pensaram, Luiz Gonzaga em espineta e violino?
Depois do concerto o Nilton (do SESC) e o Nélio (o motorista) foram jantar conosco no Ristorante Fiorentina. Apesar do nome italiano, pedi um prato local: moqueca de pirarucu, deliciosa, aliás!

De manhã, para compensar a euforia de um concerto perfeito, a gamba escorregou das mãos do Mário, e caiu no chão com um baque surdo. Que horror! O estandarte se quebrou, feio. Ainda bem que o Mário é um sujeito zen e imbuído de espírito prático. Ligou para o Nilton e o Ricardo, do SESC, que gentilmente o levaram para um luthier local, o Junior, que fez uma operação de emergência na pobre viola acidentada. Mário ainda não pode experimentar a viola (tínhamos que correr para o aeroporto) mas quando chegarmos a Vitória, nosso próximo destino, a gente conta se a paciente se recuperou inteiramente....

9 comentários:

Anônimo disse...

Puxa,que susto mesmo!Tomara que ao chegar em Vitória vcs constatem que a "cirurgia de emergência"funcionou.
Creio que o luthier de Manaus deva ser "fera", pois nesse ramo e lidando com aquelas variações meteorológicas e umidade em madeira,e "o quê são uma queda euma fissura para ele"???rsrs
Há de ter dado certo!Bom concerto pra vcs, e tomara que com um público 10 como este de agora.
RVN

Cora disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cora disse...

Sei bem o que é isso. Eu também estou com uma gamba quebrada.

Anônimo disse...

A próxima vez que eu entrar nesse blog, vou tomar um calmante! É muit emoção!!

Anônimo disse...

nossa, chega a doer... saber de uma coisa assim. Tomara que tenha dado certo e que a gamba fique como nova e que não tenha afetado o som...
Aqui em casa tem uma tampura que o Paulo trouxe da Índia. Um dia a espoleta da filha da empregada a levantou e deixou cair... rachou... ai.... que dó! Nunca conseguimos alguém que pudesse dar um jeito nela e agora até cupim a atacou. Dá muita pena! Se eu soubesse de alguém que pudesse dar um jeito e pelo menos aproveitar este lindo instrumento!!!

laura r. disse...

Layla, o que é uma tampura?
De qualquer jeito, deve ter maneira de consertar. Instrumentos musicais sempre podem ser "arrumados", com pouquíssimas exceções...Quamdo eu voltar ao Rio, me re-lembre da história. Vou tentar achar algum luthier....

Anônimo disse...

Desculpe Cora, mas não resisti e ri muito do seu comentário!!!

Beijos e melhoras....

Anônimo disse...

Laura, vou tirar uma foto da tampura e colocar no meu flickr, ok?

Anônimo disse...

Laura, já coloquei as fotos no meu flickr, ficaram um pouco escuras, mas dá para ver. A Cora perguntou se não era cítara e então até eprendi a olhar no google, para ver o que é uma coisa e outra e vi as 2 e são totalmente diferentes e lá tem até o som da tampura e da cítara. achei muito interessante.