Um dia pleno

De manhã, fomos dar uma entrevista na rede Globo local, para o noticiário do dia. Assim, tínhamos apenas uma tarde para passar em Palmas. Cansados como estávamos, nosso primeiro pensamento foi um só: cama! Mas por sorte o destino nos jogou um guia turístico no caminho. O destino, propriamente ,não. O SESC. O Flávio, motorista do micro-ônibus que nos foi designado, fez universidade de turismo e é daquelas pessoas raras, verdadeiramente apaixonadas pelo que faz. Ao invés de nos deixar morgando no hotel (o que lhe proporcionaria uma tarde livre!) se prontificou a nos levar para conhecer um pouco as cercanias de Palmas. E que cercanias! Fomos para Taquaruçu, onde há uma trilha pelo mato e no final da trilha, recompensa das recompensas, uma cachoeira simplesmente deslumbrante. O Helder escolheu ficar descansando um pouco (afinal, ele precisa preservar a voz) mas Sula e Mário conseguiram me convencer a levar maiô e enfrentar a vida selvagem. Lá fomos nós, descemos os 140 degraus iniciais e nos embarafustamos pela mata. De quando em quando, o Flávio, nosso super-guia, preocupado com minha evidente má-forma física, dava uma paradinha para verificar meus batimentos cardíacos. Imagina se eu tenho um treco, bem no meio do passeio, e antes do concerto! Mas meu coração se portou direitinho, obrigada!
O que vimos, tentei mostrar nas fotos, na medida do possível – a cachoeira (de nome Roncadeira!) é tão alta que não cabe na moldura de uma foto! Mas depois de uma caminhada no calor, a sensação de água geladinha caindo com força nas costas da gente, verdadeira massagem natural, é indescritível. Mário e Sula, que adoram a vida ao ar livre, estavam felizes que nem pintos no lixo. E até eu, ser urbano que sou, preguiçosa e sedentária, saí de lá com as forças renovadas.
O Claudinho ia ficar orgulhoso de mim!