quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Só para compositores
Tenho recebido e-mails de vários compositores com quem travamos amizade no caminho, que querem compor para o Re-Toques e me escrevem para perguntar qual a extensão de nossos instrumentos. Para facilitar a vida de todos e não ter que repetir mil vêzes a mesma coisa, aqui está a resposta: com conforto, as extensões são as descritas abaixo (com conforto = existem algumas notas a mais em alguns instrumentos, p.ex. existem transversais com o si grave [a minha só vai mesmo até o dó] e pode-se tocar o ré super agudo em circunstâncias muito particulares, mas é horroroso. As flautas doces conseguem às vêzes notas mais agudas, mas idem... e a espineta têm mais algumas notas para baixo, mas são infames...)
Flauta transversal: do dó na primeira linha suplementar inferior ao dó 3 oitavas acima deste, mas o normal é se escrever até o sol ou lá abaixo deste....
Flauta doce tenor: do dó na primeira linha suplementar inferior até o dó duas oitavas acima
Flauta doce contralto: começando uma quarta acima da tenor, no fá, vai até o fá duas oitavas acima dele
Flauta doce soprano: começando uma oitava acima da tenor, no dó, vai até o dó duas oitavas acima dele
Flauta doce sopranino: começando uma oitava acima da contralto, no fá, vai até o fá duas oitavas acima dele
Viola da gamba: um tom abaixo do violão
Espineta: contando a partir do dó na primeira linha suplementar inferior: para baixo uma oitava + uma quarta, até o sol, e para cima também uma oitava + uma quarta, até o fá.
Lembrando que todos os instrumentos "falam" melhor na sua região média, então reserve os extremos para efeitos especiais, ocasiões salpicadas. Nada fica mais histérico do que uma flauta no agudo o tempo todo, e nada mais agressivo do que uma espineta no grave o tempo todo....
Espero que tenha ajudado alguma coisa!
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3 comentários:
Olá Laura
Conheci o seu blog via o blog da Cora e estou achando tudo muito bacana
Gostaria de tirar uma dúvida agora, não sei se sou eu ou você que se confundiu.
Toquei flauta doce (soprano) por algum tempo, e se não me engano é ela que começa no dó na 1a linha suplementar, não (equivalente ao dó central do piano)??
(E então a tenor começaria 1 oitava abaixo, digamos, na 2a linha da clave de fá)
De resto é isso mesmo, contralto e sopranino começando no fá (mas deslocado conforme a minha dúvida acima) e as flautas "pegam" duas oitavas mesmo (teoricamente, 3 dós ou 3 fás)
E como você bem falou, as notas mais agudas são mais difíceis, na prática pelo que eu me lembre, (na soprano) até o sol/lá ia tranquilo... De vez em quando em alguns arranjos tocava-se as notas mais agudas para gerar um efeito diferente.
Ops, não é "2a linha da clave de fá" é "2o espaço"!
Thiago
Você está certo, sim. E bemvindo ao Blog!!!!!
beijão, e obrigada pela correção!
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