sábado, 13 de outubro de 2007

Ainda Jacarezinho: um exemplo


Hoje, na van, comecei a folhear o livro que recebemos ontem de um dos membros da nossa platéia, o Sr. Geraldo Silva. Trata-se de um volume escrito por ele, chamado O Gato e o Velho, e dedicado à história do CAT - Conjunto Amadores de Teatro, em cuja sede se realizou nosso concerto. Abri o livro a esmo, esperando o habitual relato frio e maçante, cheio de fotos de autoridades locais cortando faixas inaugurais ou fazendo discursos, além de números e dados embolorados. Nada disso. O livro é ótimo! Fartamente ilustrado, e escrito com leveza e carinho, relata o nascimento e florescimento de um grupo de amadores tão loucos por teatro que acabaram conseguindo construir um excelente teatro (com duas salas, sendo a menor ideal para música!, camarins amplos, banheiros confortáveis) que orgulharia qualquer cidade grande.
Mas o que mais me impressionou foi o quanto o povo desta cidade é cioso de seu passado, de suas origens. Entre o público de ontem havia uma pessoa que tem um blog dedicado à história de Jacarezinho e outra que escreveu um livro sobre o teatro local. Coincidência? Creio que não.
Quem dera que cada teatro do Rio encontrasse um historiador deste nível! Se nós, cariocas, sentíssemos igual orgulhoso da linda cidade em que vivemos, não teríamos deixado destruir tantos prédios maravilhosos que foram abaixo, salas de concerto que sumiram para sempre, cinemas que desapareceram sem deixar vestígios, teatros lindos derrubados sem dó nem piedade.
Se antes eu nunca havia ouvido falar em Jacarezinho, de agora em diante a cidade entrou de vez no meu mapa afetivo.
PS: Vamos tentar fotografar a capa do livro para mostrar para vocês. mas agora não dá. O pessoal está na piscina!!!!!!

5 comentários:

Anônimo disse...

Bacana!
Estou por aqui Laurinha! Bjs.

laura r. disse...

Olá, querida! Saudades! Jú me disse que você ligou para ela. Que bom! Fico mais tranqüila sabendo que ela têm anjos da guarda espalhados por perto....
beijo grande

Anônimo disse...

é, Laura, a cidade grande parece que "empedra" as pessoas e em lugares menores existe mais este sentimento de amor e quando existe aí alguém que saiba escrever a respeito passamos a conhecer os sentimentos das pessoas do lugar... não sei se me expressei bem, mas é isto!

Unknown disse...

Existe um livro chamado "Small is beautiful" de E.F. Schumacher. O enfoque é econômico e embora não me lembre mais muito bem do conteúdo, sei que fala de comunidades de trabalho. Acho que as pequenas comunidades do interior ainda são comunidades de convivência, coisa que se perde nas megalópolis, onde deixamos de conviver para sobreviver.

Cora disse...

O gato é igual à minha capivara felina...