Concerto em Jacarezinho

A cidade, pequena e quase deserta no feriadão. Achamos que não ia ter ninguém na platéia. Mas que nada! O Teatro (no Conjunto Amadores de Teatro!) é bem bom, surpreendente numa cidade deste tamanho. E a Elaine, do SESC, nos esperava com um lanchinho para lá de gostoso: frios, queijo, pão, bolo de coco, biscoitos, sucos, água, frutas frescas e CAFÉ (delicioso, por sinal). Depois de tanto rodar pelo país, a gente já sabe: o capricho no lanche é o primeiro sinal de uma pessoa eficiente, que adora o trabalho que faz, e não mede esforços para que dê tudo certo no evento.
Por isso mesmo, quando chegamos num lugar, e vemos que o responsável pelo concerto se preocupou com um detalhe como este, já ficamos mais tranqüilos em relação a todo o resto. Neste caso, por exemplo, o trabalho desenvolvido pela Elaine fica mais do que evidente. Apesar de não estar entupida -- afinal, era feriado, né, gente! -- a sala estava razoavelmente ocupada, e com um público totalmentente entusiasmado e acostumado a freqüentar a casa. A Elaine recebia um por um, à porta, com um sorriso e uma palavra de carinho, como quem recebe amigos em sua própria residência. A gentileza desta hostess perfeita apareceu também num gesto pequeno, mas significativo. Em todos os teatros em que tocamos havia água para os músicos. Mas em Jacarezinho havia, na entrada, uma mesa com copos de água... para o público! A diferença que faz uma pessoa assim, vocês nem imaginam. É isso que se chama trabalhar na formação de um público! E para os músicos, o que fica é a vontade de voltar. Ao contrário de algumas cidades em que fomos recebidos com benévola indiferença, ela nos tratou como VIPs, e logo que chegamos já mostrou a notícia publicada no jornal local com foto e bom texto. Divulgação bem feita, teatro simpático, público interessado e educado. Bacana!